Spurs vencem Leeds 2-1 e encerram 'maldição' pós-intervalos

Quando Tottenham Hotspur bateu Leeds United por 2 a 1 no Elland Road em 4 de outubro de 2025, a sequência de derrotas logo após as pausas internacionais chegou ao fim.

O confronto, marcado como Tottenham Hotspur vs Leeds UnitedElland Road, estava carregado de pressão: os Spurs acumulavam sete perdas consecutivas imediatamente após as interrupções da janela internacional desde 7 de outubro de 2023.

Aos 17 minutos, Mathys Tel abriu o placar ao aproveitar um chute que, graças a um desvio inesperado de Pascal Struijk, escapou das mãos do goleiro Carl Darlow. Foi a primeira rede de Tel na temporada, e o rebote mudou completamente a dinâmica do jogo.

Leeds reagiu aos 34 minutos quando Noah Okafor completou um contra‑ataque após a defesa do goleiro Guglielmo Vicario, empurrando a bola para o fundo da rede e trazendo o empate.

Mas a história ainda não tinha acabado. Aos 68 minutos, Mohammed Kudus selou a vitória, também graças a outro desvio de Struijk. O gol marcou a primeira vez que Kudus balançou as redes vestindo a camisa dos Spurs desde sua chegada e lhe garantiu o segundo jogo onde marcou e deu assistência na mesma partida.

Contexto da "maldição" pós‑intervalos

Desde que a Premier League começou a inserir as datas das competições internacionais, o Tottenham apresentava um padrão curioso: perder as primeiras duas partidas depois de cada pausa. Entre outubro de 2023 e setembro de 2025, foram sete derrotas seguidas, afastando-os da briga pelo título e alimentando a chamada "maldição" dos intervalos.

Especialistas apontam o desgaste físico e a falta de ritmo como principais culpados. "Os jogadores chegam ao clube após semanas de jogos intensos com a seleção, e o desgaste mental costuma ser maior que o físico", explicou John Hartson, analista da Sky Sports.

Detalhes da partida e os gols decisivos

O primeiro tempo foi marcado por domínio do Leeds. Joe Rodon chegou a cabecear a bola contra o poste, enquanto Dominic Calvert‑Lewin quase abriu o placar com um chute que passou por cima da trave. A defesa heroica de Darlow manteve o placar em zero até o gol de Tel.

O empate foi construído com paciência. Após a defesa de Vicario, Okafor cruzou a bola dentro da área e, quase que sem hesitar, completou o susto. O momento foi descrito pelos torcedores como "um raio de esperança" num estádio que, até então, não havia sofrido derrota em casa na temporada.

Nos minutos finais, o Leeds empurrou três atacantes ao ataque, mas a defesa dos Spurs segurou firme. O substituto Joel Piroe chegou a forçar Vicario a fazer uma defesa de perna que garantiu o triunfo.

Reações dos clubes e dos protagonistas

Na coletiva pós‑jogo, Antonio Conte, técnico do Tottenham, admitiu que a equipe ainda sente o efeito da pausa internacional, mas elogiou a "resiliência" dos jogadores. "Nós vínhamos com uma mentalidade de pendurar o saco, mas o gol de Tel nos deu o impulso que precisávamos", disse.

Javi Gracia, treinador do Leeds, lamentou o fim da invencibilidade em casa. "Perder no nosso chão, especialmente depois de tanto esforço, dói. Mas o time mostrou personalidade e vai lutar nas próximas rodadas", afirmou.

Tel, em entrevista ao BT Sport, descreveu o desvio como "sorte grande" e garantiu que o esforço técnico foi o verdadeiro responsável. Kudus, por sua vez, dedicou o gol aos torcedores, lembrando que ainda tem muito a provar no clube.

Impacto na classificação da Premier League

Com os três pontos, os Spurs subiram para a segunda posição, a três pontos do líder. O Liverpool, que venceu em Anfield, continua à frente, mas a diferença está diminuta. Para o Leeds, o revés os manteve na 10ª colocação, ainda a seis pontos da zona de qualificação para a Europa.

Estatísticas da partida reforçam a mudança de rumo: posse de bola de 53% para os Spurs, 14 chutes a gol, dos quais 6 foram à trave, e 9 finalizações para o Leeds. A eficiência defensiva de Vicario foi crucial, com duas defesas difíceis nas fases finais.

Próximos desafios para Spurs e Leeds

Na próxima rodada, Tottenham enfrenta o Manchester United em Old Trafford, um teste de fogo que pode decidir quem lidera a tabela. O técnico Conte já alerta que o time precisa melhorar a transição ofensiva.

Leeds, por sua vez, recebe o Brighton no próximo fim de semana. Gracia espera contar com o retorno de Jack Harrison, ausente por lesão, para reforçar o ataque.

O que fica claro é que a "maldição" dos intervalos parece ter sido quebrada, mas ainda há muito futebol pela frente.

  • Data da partida: 4 de outubro de 2025
  • Placar: Tottenham Hotspur 2 x 1 Leeds United
  • Gols: Mathys Tel (17'), Noah Okafor (34'), Mohammed Kudus (68')
  • Posição dos Spurs na Premier League: 2ª
  • Desempenho de Pascal Struijk: responsável por duas deflexões decisivas
Frequently Asked Questions

Frequently Asked Questions

Como a vitória afeta a luta dos Spurs pelo título?

Com três pontos, o Tottenham subiu para a segunda colocação, a apenas três da liderança. A vitória reduz a distância para o Liverpool e coloca pressão sobre o Manchester City nas próximas rodadas, aumentando as chances de disputa pelo título.

Quem foram os protagonistas dos gols e como foram marcados?

Mathys Tel abriu o placar após o chute bater em Pascal Struijk e entrar. Mohammed Kudus equalizou de forma semelhante, também com desvio de Struijk. Noah Okafor, por sua vez, aproveitou uma falha de Vicario para empatar.

Qual foi a reação do técnico do Leeds à derrota?

Javi Gracia reconheceu a frustração de perder em casa, mas elogiou a garra da equipe e garantiu que o clube vai melhorar para as próximas partidas, apontando a necessidade de ajustes defensivos.

O que dizem os especialistas sobre a "maldição" dos intervalos dos Spurs?

Analistas como John Hartson atribuem a sequência de derrotas ao cansaço acumulado dos jogadores nas seleções e à falta de ritmo ao retornarem. A vitória de 2 a 1 indica que a equipe pode estar encontrando maneiras de mitigar esse efeito.

Quais são os próximos confrontos de Leeds e Tottenham?

Leeds receberá o Brighton na próxima rodada, enquanto o Tottenham viaja para Old Trafford enfrentar o Manchester United, duelo que pode definir posições na parte alta da tabela.

11 Comentários

  1. Marcus Sohlberg

    Marcus Sohlberg

    Claro que a tal “maldição” dos intervalos não passa de um mito inventado pelos próprios torcedores para justificar a falta de criatividade do elenco. Enquanto isso, os verdadeiros fatores são a fadiga acumulada e a pressão da mídia que nos empurra para o caos.

  2. Leonardo Santos

    Leonardo Santos

    Alguns dizem que há forças ocultas manipulando os calendários internacionais, mas se analisarmos a probabilidade estatística, vemos que a coincidência não é tão absurda assim. A realidade se esconde entre os números, onde a carga de trabalho nas seleções cria um ciclo de desgaste que culmina nos resultados adversos logo após as pausas. É como se o universo conspirasse contra a consistência, mas quem realmente se beneficia são os apostadores que vendem a narrativa da “maldição”.

  3. Leila Oliveira

    Leila Oliveira

    Prezados leitores, cumpre-me registrar que a vitória sobre o Leeds representa um marco significativo no percurso dos Tottenham. O triunfo, conquistado com empenho coletivo, demonstra a capacidade táctica do técnico e a resiliência dos atletas. Assim, a equipa avança confiante rumo aos próximos desafios, mantendo o foco na excelência esportiva.

  4. luciano trapanese

    luciano trapanese

    Galera, vamos comemorar essa virada! Os Spurs mostraram que, mesmo cansados, conseguem levantar a moral e garantir os três pontos. Agora é preparar o próximo duelo contra o United e não deixar a confiança escapar.

  5. Yasmin Melo Soares

    Yasmin Melo Soares

    É ótimo ver que a “maldição” morreu, né? Só falta agora que eles descubram que a solução para ganhar é realmente treinar, não ficar esperando milagres.

  6. Rodrigo Júnior

    Rodrigo Júnior

    Caros torcedores, compreendo a ansiedade que acompanha cada retorno de pausa internacional, pois o desgaste físico e mental é inegável. Contudo, a demonstração de coragem dos jogadores nesta partida evidencia que o esforço coletivo pode superar as adversidades. Continuemos a apoiar o time com serenidade e esperança.

  7. Samara Coutinho

    Samara Coutinho

    Ao ponderarmos sobre a suposta “maldição” dos intervalos, somos convidados a refletir sobre a própria natureza da temporalidade no esporte. Cada pausa internacional pode ser vista não apenas como interrupção, mas como um limiar entre duas fases distintas da energia coletiva. Quando os jogadores transitam de um contexto nacional para o clube, carregam consigo não só a fadiga muscular, mas também as marcas psicológicas de representar suas nações. Esse peso invisível, muitas vezes subestimado, influencia a performance de maneiras que a mera estatística não captura. O Gol de Tel, precipitado por um desvio fortuito, demonstra como o acaso pode intervir como um agente de equilíbrio, restaurando a harmonia num momento de tensão. Por sua vez, Kudus, ao encontrar o mesmo destino nas mãos de Struijk, reforça a ideia de que a causalidade no futebol é multilayered, como se cada toque fosse um nó em uma teia de eventos interconectados. A conversa entre pressão externa, expectativa da torcida e a autoimagem dos atletas cria um microcosmo onde a “maldição” se manifesta como uma projeção coletiva. Ainda assim, o fato de os Spurs terem revertido o quadro indica que a resiliência humana pode romper padrões aparentemente inquebráveis. Se analisarmos a fisiologia do descanso, vemos que o corpo, ao ser submetido a variações rítmicas, desenvolve adaptações que podem surpreender. Essa adaptação, porém, exige um suporte técnico e psicológico adequado, algo que o técnico Conte parece estar implementando gradualmente. Além disso, a dinâmica de grupo, reforçada por líderes como Vicario e Piroe, oferece um modelo de coesão que transcende o mero talento individual. O resultado, portanto, não é apenas a ruptura de um mito, mas a demonstração de que a narrativa pode ser reescrita quando todos os componentes do sistema – físico, mental e tático – trabalham em sincronia. Assim, ao celebrarmos a vitória, devemos também reconhecer que o futuro ainda guarda desafios, pois a constância exige manutenção constante. Em resumo, a “maldição” pode ter sido apenas um reflexo das nossas próprias dúvidas, e não uma força determinista sobre o campo.

  8. Thais Xavier

    Thais Xavier

    Ah, que surpresa! O Spurs ganhou de qualquer maneira, só porque o Leeds deixou a defesa aberta. Mas não se enganem, isso não prova nada, só mostra que o Leeds não estava no seu melhor.

  9. Elisa Santana

    Elisa Santana

    Vamo que vamo, galera! Essa vitória mostra que a gente pode mete a cara mesmo depois da pausa, então bora apoiar até o fim.

  10. Willian Binder

    Willian Binder

    A vitória foi um raro sopro de genialidade em meio ao caos.

  11. Arlindo Gouveia

    Arlindo Gouveia

    Caros amigos, ao observarmos o desempenho dos Spurs nesta partida, percebemos que o trabalho coletivo foi fundamental para superar o déficit inicial. A contribuição de cada jogador, desde o goleiro até o atacante, evidenciou uma sinergia que ultrapassa a simples soma de talentos individuais. Nesse sentido, o auxílio tático fornecido pelo técnico, aliado à disciplina defensiva, proporcionou a base necessária para que os gols fossem construídos com eficiência. Portanto, é imprescindível que continuemos a promover esse espírito de equipe nos próximos desafios, mantendo a coesão como pilar central da estratégia.

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