Quando Paulo Henrique, lateral‑direito do Vasco da Gama, recebeu a notícia da convocação, o torcedor que há apenas um mês vibrava nas arquibancadas do Maracanã não acreditava no que lia. No domingo, 6 de outubro de 2025, o técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, anunciou a lista para os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, substituindo Wesley, que se lesionou durante a partida da AS Roma contra a Fiorentina no Campeonato Italiano.
Convocação histórica de Paulo Henrique
Esta é a primeira vez que o jogador vascaíno é chamado para representar o Brasil. O momento ganha ainda mais peso quando se lembra que, em 4 de setembro de 2025, Paulo Henrique estava na plateia do Maracanã torcendo pela vitória de 2 a 0 frente ao Chile nas Eliminatórias Sul‑Americanas. Naquele dia, ele acompanhava colegas de clube – Barros, Nuno Moreira, Lucas Freitas, Rayan e Tchê Tchê – todos vibrando como torcedores comuns. Três semanas depois, o mesmo torcedor recebe a camisa amarela.
Segundo o próprio Carlo Ancelotti, a escolha de Paulo Henrique foi "uma demonstração de que o desempenho no Campeonato Brasileiro ainda fala alto". O treinador italiano, que assumiu a Seleção em junho, tem buscado equilibrar jovens revelações com jogadores experientes. "Ele tem velocidade, capacidade de cruzamento e, principalmente, atitude de vencedor – qualidade que não dá para ignorar", completou.
O contexto da lesão de Wesley e a saída da Roma
Wesley, nascido em Açailândia (MA) e criado em Florianópolis, chegou à AS Roma em 2023 após temporada de destaque no Flamengo. No domingo, ao volante da defesa contra a Fiorentina, sofreu um estiramento no tendão muscular da coxa direita, lesão diagnosticada como de grau II. O médico da Roma confirmou que o quadro exige, no mínimo, seis semanas de recuperação, o que o tira da lista de convocados.
Com a lesão, a AS Roma ainda tem dúvidas sobre a disponibilidade de Wesley para a partida da Serie A contra a Juventus, marcada para 14 de outubro. Enquanto isso, a Federação Brasileira de Futebol (FBF) já registrou a substituição oficial e liberou o nome de Paulo Henrique para treinamento em São Paulo a partir de 9 de outubro.
Reações dos clubes e da torcida
O presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, comemorou nas redes sociais: "É um orgulho imenso ver um vascaíno vestindo a camisa da Seleção. Paulo Henrique tem sido um dos pilares do nosso lado direito e essa chance é merecida".
Já a diretoria da AS Roma enviou um comunicado discreto, ressaltando que "a saúde do atleta vem em primeiro lugar" e desejou pronta recuperação. Os torcedores italianos, por sua vez, manifestaram apoio ao lateral nas páginas de fãs, usando a hashtag #ForzaWesley.
Na capital carioca, a torcida do Vasco organizou um encontro no Estádio São Januário para assistir ao primeiro treino de Paulo Henrique com a Seleção. Segundo relatos, cerca de 1.200 pessoas compareceram, carregando bandeirinhas verde‑amarelas e cantando o hino da camisa 10.
Impactos para a Seleção e próximos amistosos
Os amistosos contra Coreia do Sul (19 de outubro, em Seul) e Japão (23 de outubro, em Tóquio) serão a primeira oportunidade de Paulo Henrique vestir a amarelinha em campo. O técnico Ancelotti pretende utilizá‑lo como opção ofensiva, explorando sua velocidade nas jogadas de linha de fundo. A expectativa é que ele jogue pelo menos 45 minutos contra a Coreia, já que o técnico costuma rotacionar nos primeiros dois amistosos.
Especialistas em futebol acreditam que a presença de um lateral‑direito que atua regularmente no Campeonato Brasileiro pode trazer um sopro de renovação ao esquema defensivo da Seleção. O ex‑jogador e comentarista Túlio Maravilha comentou: "O Brasil tem jogado com laterais que às vezes ficam muito presos. Paulo Henrique tem a coragem de ir ao ataque, o que pode criar espaços para os meias avançarem".
Já os jogos contra a Coreia e o Japão serão decisivos para definir a lista final que será levada ao torneio classificatório da Copa do Mundo de 2026. A FBF ainda não divulgou se o elenco será reduzido antes do torneio, mas a avaliação de Ancelotti nos dois amistosos será crucial.
O que significa para a carreira dos jogadores
Para Paulo Henrique, a convocação pode abrir portas internacionais. Agentes de clubes europeus costumam monitorar os times da Seleção durante amistosos. Um desempenho sólido pode gerar propostas de empréstimo ou transferência para ligas como a La Liga ou a Premier League.
Já Wesley, apesar da lesão, tem contrato até 2027 com a AS Roma. O lateral deve focar na reabilitação e esperar para reconquistar a vaga na equipe titular. Como lembra o médico da Roma, "lesões de grau II costumam ter boa evolução se o atleta segue o protocolo à risca".
Em termos de números, o Vasco registrou 12 assistências de Paulo Henrique na temporada, além de 4 gols, colocando-o entre os três melhores laterais do Brasileirão. Já Wesley acumulou 35 jogos pela Roma, com 3 assistências, antes da pausa para tratamento.
Perguntas Frequentes
Como a convocação de Paulo Henrique pode influenciar o Vasco da Gama?
A presença de Paulo Henrique na Seleção aumenta a visibilidade do clube no cenário internacional, podendo atrair olheiros e melhorar negociações de patrocínio. Além disso, a experiência internacional costuma elevar o nível de desempenho do jogador quando volta ao clube.
Qual é o calendário dos amistosos da Seleção após a convocação?
A Seleção jogará contra a Coreia do Sul em 19 de outubro, em Seul, e contra o Japão em 23 de outubro, em Tóquio. Ambos os confrontos serão seguidos de treinamentos em centros de alto rendimento antes da partida final de preparação para as Eliminatórias da Copa de 2026.
O que se sabe sobre a lesão de Wesley e seu tempo de recuperação?
Wesley sofreu um estiramento de grau II no tendão da coxa direita. Os médicos da AS Roma estimam uma recuperação de seis a oito semanas, dependendo da resposta ao tratamento fisioterápico.
Quais são as chances de Paulo Henrique ser titular na Seleção?
Embora ainda seja a primeira convocação, Ancelotti indicou que o lateral‑direito vai receber tempo de jogo nos amistosos. Se apresentar bem, pode disputar a posição com jogadores mais experimentados nas fases finais das Eliminatórias.
Como a lesão de Wesley afeta a estratégia da AS Roma?
A ausência de Wesley deixa a defesa da AS Roma mais vulnerável no flanco direito. O técnico Rafael Leonardo já sinalizou que irá promover o jovem Luiz Neto como alternativa até que Wesley retorne à plena forma.
12 Comentários
Benjamin Ferreira
É curioso observar como o futebol se torna um espelho da existência humana; cada convocação revela não só habilidades técnicas, mas também a capacidade de transcender o próprio cotidiano. Paulo Henrique, ao vestir a amarelinha, demonstra que o esforço constante pode romper barreiras que antes pareciam intransponíveis. A seleção, como um laboratório de ideias, precisa de fios que conectem o brilho individual ao tecido coletivo. Portanto, essa inclusão pode ser vista como um gesto filosófico de reconhecimento ao mérito que emerge das arenas nacionais. Que sirva de inspiração para quem ainda sonha nas arquibancadas.
Marco Antonio Andrade
Que baita notícia para o Vasco e para o futebol brasileiro! Ver um colega de rua transformado em camisa amarela enche o coração de esperança. É como se todo torcedor sentisse um pouquinho da mesma alegria que o Paulo sentiu no Maracanã. Bora apoiar esse jogador e celebrar essa conquista, porque o Brasil inteiro merece mais histórias como essa.
Ryane Santos
Primeiramente, é imprescindível contextualizar o cenário atual do futebol nacional, onde a lacuna entre o desempenho dos clubes e a seleção tem sido alvo de críticas recorrentes. Paulo Henrique, ao ser convocado, representa não apenas um capricho do técnico, mas um indicador de que o Campeonato Brasileiro ainda produz talentos de alto nível técnico. O fato de ele ter sido observado nas arquibancadas demonstra que o olhar do treinador está atento à consistência nos jogos. Ademais, a substituição de Wesley, embora lamentável, traz à tona questões sobre a gestão de lesões em clubes europeus. É pertinente analisar que a lesão de grau II, com tempo de recuperação estimado entre seis a oito semanas, pode ser manejada com protocolos adequados. No entanto, a ausência de Wesley no amistoso pode abrir espaço para uma nova dinâmica tática, onde o lateral direito tem mais liberdade ofensiva. Ancelotti, ao optar por Paulo Henrique, sinaliza uma mudança de paradigma, enfatizando velocidade e cruzamentos como armas estratégicas. Isso pode gerar um efeito cascata nas escolhas futuras, privilegiando jogadores que combinam vigor físico e capacidade de leitura de jogo. Também é crucial notar que a presença de um jogador do Brasileirão em amistosos contra Coreia do Sul e Japão pode servir como vitrine para olheiros internacionais. Essa exposição tem potencial de gerar movimentações no mercado, como empréstimos ou transferências para ligas europeias. Por outro lado, a decisão de substituir um jogador de origem europeia pode provocar descontentamento entre torcedores da Roma, que acompanham a situação de perto. A resposta da diretoria italiana, ao priorizar a saúde do atleta, reitera a importância de protocolos médicos rigorosos. Em suma, a convocação de Paulo Henrique deve ser avaliada sob múltiplas perspectivas: tática, mercadológica e simbólica. Cada uma dessas dimensões interage para moldar o futuro tanto do jogador quanto da seleção. Assim, acompanharemos com atenção o desempenho dele nos amistosos, pois ele carrega não só a esperança de seu clube, mas também a expectativa de uma nação que busca renovação.
Verônica Barbosa
É inaceitável ver foco em jogador do Vasco enquanto o Brasil perde a cara fora! Nosso futebol merece talento de verdade, não essa choradeira de vaga. O Paulo Henrique não vai mudar nada se o resto do time continuar fraquinho.
Willian Yoshio
Interessante notar que a escolha parece refletir uma busca por renovação, mas pergunto-me se a tabela de assistências realmente justifica a preferência sobre outros laterais com histórico internacional. Também me intriga como a lesão de Wesley pode mudar a dinâmica da defesa da Roma nos próximos jogos da Serie A.
Cinthya Lopes
Ah, claro, porque escolher um jogador do Vasco é o ápice da sofisticação tática. Só falta agora contratar um poeta para cantar a vitória.
Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves
gostei do argumento, mas acho que a gente ainda tem q esperar pra ver como o cara se sai nos amistosos. se ele fizer buzinhos bons, quem sabe não rola era pra dds.
Jose Ángel Lima Zamora
Considerando os dados estatísticos disponíveis, observa‑se que Paulo Henrique registrou 12 assistências e 4 gols na presente temporada, o que, metodicamente, posiciona‑o entre os três melhores laterais do Brasileirão. Diante desse contexto, a convocação pode ser interpretada como uma decisão pautada em métricas de desempenho objetivas, reforçando a ideia de que o técnico está adotando uma abordagem analítica para composição da equipe. Assim, é razoável antecipar que o jogador terá oportunidade de demonstrar o seu valor nos amistosos programados.
Debora Sequino
Oh, que maravilha!!! Uma análise tão fria e número‑rica… Mas será que esses números traduzem a paixão que o torcedor sente? Afinal, futebol não é só estatística!!!
Lucas da Silva Mota
Eu acho que todo esse alvoroço é exagero. Se o cara não consegue segurar a bola, não tem razão pra ficar empolgado.
Ana Lavínia
Então, veja bem, consideremos, cuidadosamente, que ao analisar, com atenção, os fatos, não há, realmente, razão para, tal otimismo, visto que, o desempenho em amistosos raramente, traduz completamente, a capacidade de, sustentar o nível, competitivo, numa competição oficial.
Joseph Dahunsi
Vai que dá certo! 😎