Corinthians Women perde na prorrogação para São José e arrisca fase no Paulista

Quando Corinthians Women entrou em quadra no Campeonato Paulista de Basquete FemininoComplexo Teatrão, a torcida esperava um fechamento de fase tranquilo. Em vez disso, a equipe sofreu derrota na prorrogação para o rival São José‑SP Feminino no sábado, 4 de outubro de 2025, em São José dos Campos, São Paulo. O empate no tempo regulamentar e o revés na extensão mudaram o panorama da classificação, levando o Corinthians a encarar a fase de realinhamento contra SESI Araraquara, Unimed Campinas e Santo André. O que está em jogo? A manutenção de um posicionamento que garante vaga nos playoffs e, claro, a moral da equipe.

Entenda o Campeonato Paulista de Basquete Feminino

O Campeonato Paulista de Basquete Feminino reúne as principais equipes do estado em três fases: rodada inicial, realinhamento e mata‑mata. Organizado pela Federação Paulista de Basquetebol, o torneio serve de vitrine para talentos que podem, futuramente, integrar a seleção nacional.

A fase inicial contou com oito equipes, cada uma disputando sete jogos. As duas primeiras colocadas avançam direto para as semifinais, enquanto as demais se reencontram na fase de realinhamento, onde o objetivo é melhorar o ranking para garantir um lugar nas fases eliminatórias.

O duelo entre Corinthians Women e São José‑SP Feminino

No duelo decisivo, o técnico Vanessa Lira comandou a estratégia do Corinthians Women. "A gente entrou focado, mas a pressão da classificação nos fez cometer erros nos últimos minutos", lamentou a treinadora após o apito final.

São José‑SP Feminino, embora em baixa fase — com zero vitórias e seis derrotas nos jogos anteriores — surpreendeu ao empatar em 68 a 68 ao fim dos quatro períodos. A média de pontos da equipe nas últimas seis partidas era de 54,8, enquanto sofria 75,5 por jogo. No entanto, o time encontrou energia na prorrogação, liderado pela ala‑pivot Camila Ramos, que marcou 12 pontos nos minutos extras.

O placar final, 73 a 71, foi decidido nos últimos 18 segundos, quando o arremesso de três pontos de Maria Silva, do Corinthians, bateu na tabela. O rebote ofensivo acabou nas mãos de São José, que converteu o lance e selou a vitória.

Análise das estatísticas e o susto de São José

Os números pintam um quadro curioso: apesar da série de derrotas, São José‑SP Feminino melhorou sua taxa de rebotes em 9% na partida contra o Corinthians. Além disso, a dupla de armadores — Luana Costa e Rita Alves — reduziu a taxa de turnover de 18% para 9%.

Do lado do Corinthians, a defesa cedeu 75,5 pontos, acima da média esperada de 68,2 para a equipe na temporada. O arremesso de três pontos ficou em 27%, bem abaixo dos 34% registrados nas últimas duas partidas. A métrica que mais preocupa o técnico Vanessa Lira é o rebote defensivo, que caiu para 31,2%.

Especialista em basquete feminino, o analista Rogério Tavares, da TV Rural, comentou: "São José demonstrou que números não contam toda a história. O espírito de equipe e a disciplina tática foram decisivos na prorrogação".

Reação dos clubes e próximos desafios

Reação dos clubes e próximos desafios

Nas redes sociais, o Corinthians divulgou a derrota às 15h08 via Threads, acompanhada de um vídeo que mostrava a reação dos atletas ao final do jogo. "Vamos analisar o que deu errado e corrigir rápido", escreveu a página oficial.

Já o técnico de São José‑SP Feminino, Carlos Duarte, comemorou silencioso, afirmando que a vitória "abre uma porta inesperada" para a equipe que luta para não cair na zona de rebaixamento.

Com a fase de realinhamento à vista, o Corinthians terá confrontos intensos. Primeiro, joga contra SESI Araraquara em casa, um duelo que pode definir se permanecerá entre os quatro primeiros. Em seguida, enfrenta Unimed Campinas, equipe conhecida por sua defesa rígida, e finaliza contra Santo André, rival direto na disputa por uma vaga nos playoffs.

O que isso significa para a disputa da fase de realinhamento

A classificação do Corinthians agora depende de três vitórias nos próximos cinco jogos. Em termos de pontos, a equipe já acumula 10, mas fica atrás de São José‑SP Feminino, que subiu para 12 após a vitória. Se o Corinthians não reagir, pode acabar jogando as quartas de final como número seis, contra adversários de maior qualidade.

Além do aspecto competitivo, a derrota impacta o moral dos torcedores e dos patrocinadores. A marca Corinthians tem apostado em visibilidade feminina, e perder para um time em má fase pode gerar questionamentos sobre investimentos futuros.

Por outro lado, a vitória inesperada de São José‑SP Feminino traz esperança aos fãs do time da capital interiorana, que vêm assistindo a um período de 0‑6. Agora, o clube tem chance real de escapar da zona de queda e até lutar por uma classificação intermediária.

Perguntas Frequentes

Como a derrota afeta as chances do Corinthians Women nos playoffs?

Com o revés, o Corinthians precisa vencer ao menos três dos próximos cinco jogos da fase de realinhamento para garantir uma das quatro vagas que avançam diretamente aos playoffs. Caso perca mais duas, terá que disputar uma repescagem mais arriscada.

Quem foi o destaque de São José‑SP Feminino na partida?

A ala‑pivot Camila Ramos brilhou, anotando 12 pontos na prorrogação e capturando três rebotes decisivos nos últimos segundos, além de liderar o placar com 23 pontos no total.

Qual a importância do Complexo Teatrão para o Campeonato?

O Complexo Teatrão em São José dos Campos tem sido palco de vários confrontos da fase inicial, oferecendo estrutura de alto nível e atmosfera intimista que intensifica a disputa entre as equipes.

O que o técnico Vanessa Lira prometeu após a derrota?

Lira afirmou que a equipe analisará os vídeos da partida, ajustará a defesa de perímetro e trabalhará a coleta de rebotes, tudo para recuperar a confiança antes da fase de realinhamento.

Quais são os próximos adversários do Corinthians Women?

O calendário indica confrontos contra SESI Araraquara, Unimed Campinas e Santo André na fase de realinhamento.

1 Comentários

  1. Ariadne Pereira Alves

    Ariadne Pereira Alves

    A derrota na prorrogação traz lições importantes, sobretudo no aspecto defensivo, que deve ser reforçado imediatamente. Observa‑se que o índice de rebotes defensivos caiu para 31,2 %, muito abaixo da média da equipe ao longo da temporada, o que indica uma fragilidade crucial nos momentos decisivos. Além disso, a taxa de acerto nos arremessos de três pontos recuou para 27 %, estando aquém dos 34 % registrados nas duas partidas anteriores, sinalizando necessidade de ajustes no preparo de arremessos. O técnico Vanessa Lira poderia, portanto, focar nos treinos de finalização, enfatizando a leitura da defesa e a escolha de arremessos de alta probabilidade. Também é recomendável analisar os vídeos da partida, identificando os padrões de ataque do São José‑SP que foram eficazes na prorrogação, especialmente a atuação da ala‑pivot Camila Ramos. Outra estratégia viável seria alterar a rotação dos pivôs, permitindo maior presença física na caixa e, consequentemente, melhorar a captura de rebotes ofensivos. Vale lembrar que a equipe ainda mantém 10 pontos, porém está atrás do rival direto, o que torna cada partida decisiva para garantir uma vaga nos playoffs. A comunicação entre armadoras Luana Costa e Rita Alves será determinante, pois a redução de turnovers de 18 % para 9 % demonstra potencial de melhoria que pode ser ampliado. Não podemos esquecer a importância do apoio da torcida, que pode ser cultivado mediante campanhas nas redes sociais, reforçando o comprometimento do clube com o basquete feminino. Por fim, o reforço da psicologia esportiva pode ajudar a equipe a lidar melhor com a pressão nos momentos críticos, evitando erros de última hora. Assim, com ajustes táticos, psicológicos e de preparação física, o Corinthians Women tem boas chances de reverter a situação e assegurar sua posição nos playoffs.

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