A Associação de Futebol Argentino (AFA) surpreendeu a todos com o anúncio em outubro de 2024 de que não haverá rebaixamento no Campeonato Argentino, mudança que impacta diretamente o formato da competição. Essa decisão foi aprovada por unanimidade durante uma reunião da assembleia da AFA, mantendo as 28 equipes atualmente na primeira divisão e adicionando duas equipes promovidas da segunda divisão. Essa alteração levará o número de times na elite para 30 já em 2025.
No antigo sistema, as equipes enfrentavam o constante risco de queda com base em seu desempenho anual ou numa média de três anos. Agora, clubes como Tigre e Independiente Rivadavia, que estavam na corda bamba, poderão continuar na primeira divisão por mais um ano.
Além disso, a assembleia confirmou a reeleição de Claudio Tapia como presidente da AFA, estendendo seu mandato até 2029, a despeito de desafios legais levantados pelo governo argentino sobre a legitimidade do processo eleitoral. Esse movimento ocorre em um contexto de tensão política com o governo do presidente Javier Milei, que pressiona pela transformação dos clubes em Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs).
A temporada de 2025 trará de volta o formato de torneios Apertura e Clausura, que não era utilizado desde 2012. Com isso, haverá dois grupos de 15 times, onde cada um disputará 16 partidas antes de avançar para uma fase eliminatória que definirá o campeão. Essa estrutura sugere um calendário mais enxuto comparado ao atual, com um total de 32 jogos. No futuro, o sistema de rebaixamento tradicional será restaurado, baseando-se nas médias de três anos.
Essas mudanças são vistas pela AFA como uma estratégia para fortalecer o futebol argentino, buscando elevar o nível das partidas e jogadores e posicionar o país como referência no cenário global. As expectativas são altas para ver como essa reformulação impactará o futebol nacional e a sua projeção internacional.
