Estreia com cara nova e jogo de gente grande
Reality que já virou hábito no fim de noite brasileiro, A Fazenda 17 abriu a porteira nesta segunda (15) com um pacote generoso: 26 participantes, 95 dias de confinamento e prêmio de R$ 2 milhões. A apresentação segue com Adriane Galisteu e a exibição é da Record TV, em edições diárias que combinam provas ao ar livre, convivência intensa e aquele jogo social em que uma frase mal colocada vira tempestade.
A grande novidade vem importada do formato The Traitors: dois “Infiltrados” entraram na disputa e precisam passar ilesos pelo olhar dos colegas durante a primeira semana. Matheus Martins e Carol Lekker assumem esse papel. O grupo terá até terça, 23 de setembro, para cravar quem acredita serem os infiltrados. Se acertarem, a dinâmica deve mexer no tabuleiro de forma imediata; se errarem, a consequência promete ser ainda mais indigesta para a casa. É um empurrão para que o jogo comece acelerado, sem a tradicional fase de reconhecimento.
O esqueleto do programa continua o de sempre: vida rural, rotina com animais, manejo de tarefas, provas que exigem força, coordenação e raciocínio, além da formação de roça e a corrida para escapar da eliminação. O “Fazendeiro” da semana segue como peça-chave: comanda tarefas, ganha poder de indicação e influencia alianças. A cada ciclo, provas definem quem vai para a berlinda e o público decide quem segue — com espaço para viradas, já que desempenho nas provas e estratégia social pesam muito.

Elenco diverso, nostalgia no ar e um jogo para perfis opostos
O elenco mira um choque de mundos: celebridades, influenciadores e nomes de diferentes circuitos da TV e da internet. O destaque que chamou a atenção logo de cara é a presença de Gaby Spanic, a venezuelana imortalizada como Paulina e Paola em A Usurpadora, novela que explodiu no Brasil nos anos 1990. A entrada de uma estrela latina com esse histórico mexe com memória afetiva e também com a dinâmica de popularidade — ela chega com reconhecimento prévio, mas precisa traduzir isso em jogo.
Entre os confirmados, há figuras com base sólida de fãs e outras com carreira em ascensão. Aqui estão alguns dos nomes já anunciados e por que eles importam para a temporada:
- Gaby Spanic, atriz — ícone de novela, capaz de atrair público fora da bolha dos realities.
- Nizam Hayek, ex-BBB — chega com cancha de confinamento e sabe como a casa reage nos primeiros dias.
- Dudu Camargo, apresentador — perfil midiático, acostumado a polêmica e ao improviso diante das câmeras.
- Toninho Tornado, humorista — quase 4 milhões de seguidores no Instagram, traz entretenimento e ruído em igual medida.
- Duda Wendling, atriz — geração mais jovem, possível ponte com o público teen.
- Martina Sanzi, influenciadora e ex-De Férias com o Ex — bagagem de reality, jogo emocional à flor da pele.
- Luiz Mesquita, atleta — endurance e disciplina em provas físicas.
- Will Guimarães, modelo e DJ — trânsito em eventos e vida noturna, bom de palco e de público.
- Gabily, cantora — fandom organizado e presença de palco, útil para mobilizar redes.
- Carol Lekker (Miss Bumbum) — carisma e protagonismo visual, agora também na missão de infiltrada.
- Yoná Sousa — perfil ainda em construção, o que pode surpreender sem holofotes prévios.
- Wallas Arrais, cantor — relação com música sertaneja, público fiel no interior.
- Fernando Sampaio — ator, conversa com público de dramaturgia.
- Walério Araújo — estilista, trânsito no pop e na cultura fashion.
- Shia Phoenix, ator e faixa-preta de jiu-jítsu — concentração e força, combina com provas de resistência.
- Rayane Figliuzi — aposta de personalidade forte.
- Michelle Barros — presença de TV, acostumada a ao vivo e a conduzir pressão.
- Matheus Martins — além do jogo, carrega o segredo de infiltrado na largada.
Esse caldeirão de perfis tende a render: veteranos de reality jogam no curto prazo, buscam alianças imediatas e leem bem câmera e edição; artistas com carreira consolidada costumam jogar no longo prazo, desenhando narrativa de evolução; influenciadores chegam com trunfo nas redes, capazes de mobilizar mutirões, mas precisam mostrar jogo para além do feed. E humoristas, quando acertam o tom, viram termômetro da casa: aliviam a tensão ou acendem o pavio com uma piada atravessada.
Nos bastidores, a Record TV aposta em uma cobertura que cruza TV aberta, redes sociais e o streaming. A rotina da sede vira clipe, meme e corte curto para plataformas como Instagram e TikTok, enquanto transmissões estendidas no digital alimentam o público que gosta de acompanhar discussão de pia, estratégia de madrugada e a prova na íntegra. As marcas, por sua vez, costumam entrar em provas temáticas e ações de merchan, o que dá escala comercial ao reality e mantém o ritmo de novidades semanais.
O prêmio de R$ 2 milhões é um trunfo claro. Em tempos de economia instável, essa cifra pesa na tomada de risco: gente que não se exporia em outro momento topa o confinamento com a chance de mudar a vida. Mas a grana não é tudo. Visibilidade de 95 dias no horário nobre vale contratos, turnês, collabs e uma virada de carreira pós-programa. Em outras palavras, a disputa acontece em duas frentes: a do troféu e a do mercado.
O calendário da estreia também joga a favor do buzz. Com 95 dias no ar, a temporada atravessa a primavera e chega à segunda quinzena de dezembro. Isso cria uma narrativa de fim de ano com público mais caseiro, férias escolares chegando e um clima de retrospectiva que costuma elevar a conversa nas redes. Para quem assiste, é o cenário perfeito para acompanhar brigas, reconciliações e alianças improváveis enquanto o país entra no modo festas.
A dinâmica dos “Infiltrados” pauta a primeira semana e deve ditar o tom do jogo. Quem desconfia de quem? Quem comprou versões prontas? Quem se isola para não errar? O efeito colateral é imediato: líderes emergem, porta-vozes se expõem, e quem fala demais vira alvo. No meio disso, o Fazendeiro da semana define ritmo de tarefas e pode usar o poder para aparar arestas — ou atiçar ainda mais o conflito.
Fora das estratégias, a vida rural segue como um reality à parte. Acordar cedo para cuidar dos animais, limpar baias, cumprir prazos e lidar com imprevistos é teste de paciência e organização. Quem abraça a lida ganha respeito da casa e simpatia do público; quem enrola vira pauta na formação de roça. E as provas, com equilíbrio entre resistência, sorte e habilidade, costumam resgatar participantes que estiverem apagados no social.
Para acompanhar a temporada com olhar de jogo, três frentes valem atenção desde já:
- Química entre veteranos de reality e artistas com carreira consolidada — alianças improváveis podem surpreender.
- A influência do humor no termômetro da casa — a linha entre entretenimento e caos é fina.
- O impacto das redes fora da sede — fandom organizado pode salvar ou derrubar participantes em disputas apertadas.
Se a missão era estrear em alta rotação, missão dada, missão cumprida. Com um elenco que mistura nostalgia, audiência digital e personalidades que não passam despercebidas, a temporada começa com margem para reviravoltas semanais. E com os infiltrados em campo até 23 de setembro, não falta gatilho para o primeiro grande racha da casa.
Serviço — o que você precisa saber de cara:
- Estreia: segunda-feira, 15 de setembro de 2025.
- Duração: 95 dias, final prevista para a segunda metade de dezembro.
- Apresentação: Adriane Galisteu.
- Emissora: Record TV.
- Prêmio: R$ 2 milhões ao campeão.
- Elenco: 26 participantes, com nomes de TV, música, moda, esporte e internet.
- Dinâmica extra: “Infiltrados” (Matheus Martins e Carol Lekker) a serem identificados até 23/9.